Hora certa: saiba a maneira ideal de tomar vitaminas e nutracêuticos
Sua caixinha de comprimidos está recheada de vitaminas, nutracêuticos e outros suplementos. Mas qual a maneira – e a hora – ideal de tomar cada um?
É raro encontrar hoje alguém que não tenha incorporado ao menos uma cápsula de vitamina ou nutracêutico na rotina – com a vida corrida, é quase impossível alimentar-se suficientemente bem para obter todos os nutrientes que o corpo precisa para funcionar. O que muita gente não sabe é que tem hora certa e maneira ideal de tomar vitaminas e suplementos, de forma que sejam melhores aproveitados pelo organismo.
Ferro e vitamina C, por exemplo, devem ser ingeridos juntos, já que um potencializa o efeito do outro. Fibras atrapalham a absorção da maioria das vitaminas, então coma seu cereal ou pãozinho integral bem antes ou bem depois de ingerir as pílulas. Já as lipossolúveis como A, D, E e K, que precisam de gordura para serem melhor absorvidas, devem ser consumidas não no café da manhã (a menos que você ame ovo e manteiga), mas sim no almoço, refeição mais substancial do dia. Vitamina C e as do Complexo B, solúveis apenas em água, duram poucas horas na corrente sanguínea.
“É melhor dividir a sua necessidade diária em pequenas doses, tomando-as a cada 3 horas”, ensina Gabriella Pereira, nutricionista funcional da academia paulistana Settcoaching. Ou seja, melhor 3 comprimidos de 500 mg do que uma de 2.000 mg!
Ferro e cálcio não combinam (um tem pH alcalino, o outro, ácido), portanto consuma-os em horários diferentes – deixe para tomar o cálcio antes de dormir: além de ser melhor absorvido à noite, ele deve ser ingerido longe das refeições, pois precisa de um ambiente ácido no estômago para ser assimilado. Se quiser associá-lo a outro elemento, escolha o magnésio, que potencializa seu efeito. Já o ômega 3 pode competir com outros suplementos, atrapalhando sua absorção, então é melhor ser ingerido sozinho.
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E os multivitamínicos, como ficam nesse cronograma? Deixe para tomar em alguma refeição, de preferência que não contenha fibras – mas é preciso tomar cuidados, pois alguns possuem fórmulas com vitaminas incompatíveis em que uma anula o efeito da outra. Para incrementar a caixinha de pílulas, há ainda os nutracêuticos, com funções estéticas: melhorar a qualidade da pele, do cabelo, e das unhas, estimular a eliminação de toxinas, reduzir a retenção de líquido e por aí vai. Compostos em sua maioria por antioxidantes, aminoácidos e minerais, devem ser ingeridos com água antes da refeição.
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Mas o principal mesmo é checar, através de um exame de sangue, as necessidades reais do seu organismo – se passar do limite, seguindo o raciocínio “quanto mais, melhor”, o corpo não consegue aproveitar os benefícios, além de sobrecarregar fígado e pâncreas. “E, se tomar uma dosagem menor do que precisa, o resultado será praticamente nulo”, diz a endocrinologista Claudia Cozer, coordenadora do Núcleo Avançado de Obesidade e Transtornos Alimentares do Hospital Sírio-Libanês.
Algumas deficiências são recorrentes: “Muitos pacientes chegam cansados, reclamando de falta de energia. Normalmente, isso é carência da vitamina B12, que auxilia na absorção do ferro, importantíssimo para a formação e firmeza dos músculos”, diz, lembrando que os benefícios só aparecem depois de 2 meses de suplementação. Já mulheres que menstruam tendem a sofrer uma carência de ferro. “Repor o mineral com a vitamina C não só favorece a absorção do ferro, como melhora a imunidade e a disposição”, afirma a médica homeopata Márcia Jablonka Kelman, da Clínica Biodiet, em São Paulo. Segundo ela, a maioria dos adultos tem ainda carência de cálcio, zinco e vitaminas C e D.
Fonte: Vogue
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